O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) realizou na última quarta-feira uma homenagem ao movimento Ação da Cidadania, que em 2013 completa 20 anos de criação. Conduzida pelo conselheiro Ribamar Araújo, a celebração aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, durante a reunião plenária do Conselho.
Entre os conselheiros do Consea, muitos foram ou são integrantes da Ação da Cidadania. Um deles é Daniel Souza, filho do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, fundador do movimento.
A Ação da Cidadania nasceu em 1993, ano de intensa movimentação política no Brasil. Naqueles dias, Betinho e outros nomes da sociedade brasileira criaram o movimento. O sociólogo e vários artistas foram à TV e aos jornais estimular os brasileiros a fazerem o que estivesse ao alcance de cada um para resolver o problema da fome no país.
Emocionado, Daniel Souza fez uma retrospectiva histórica e celebrou os avanços sociais ocorridos no país nas duas últimas décadas. “Nesses 20 anos, o Brasil não é mais o mesmo, somos outro país”, disse. Ele lembrou que, na época (1993) não havia as tecnologias que existem hoje. “Hoje existem tecnologias como Internet, Twitter, Facebook e telefone celular, mas, naquela época, tínhamos apenas o fax e o telefone fixo”.
Ribamar Araújo sintetizou a homenagem com uma frase usada por Betinho fazendo analogia entre as dimensões emergencial e estrutural da ação social. “A luta contra a miséria tem uma dupla dimensão, a emergencial e a estrutural”, disse Ribamar, com as palavras de Betinho. “A articulação entre essas duas dimensões é complexa e cheia de astúcias. Atuar no emergencial sem considerar o estrutural é contribuir para perpetuar a miséria. Propor o estrutural sem atuar no emergencial é praticar o cinismo de curto prazo em nome da filantropia de longo prazo”, completou.
Fonte: http://www.moradiaecidadania.org.br/